OBESIDADE INFORMACIONAL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO: A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR FRENTE AO EXCESSO DE INFORMAÇÃO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2025v86p249

Abstract

O presente artigo objetiva analisar o impacto
das novas tecnologias da informação e da
comunicação nas relações de consumo, com
foco na formação de um mercado “tecnoconsumerista”
e na vulnerabilidade do consumidor
gerada pelo aumento da circulação de
informações na sociedade, tratada como sobrecarga
de informações, fenômeno conhecido
também como obesidade informacional, que
tende a afetar a escolha livre e esclarecida do
consumidor, acentuando a sua vulnerabilidade
na relação de consumo moderna. A pesquisa,
fundamentada no método hipotético-dedutivo
e em revisão bibliográfica, utiliza os referenciais
teóricos de Jeremy Rifkin, Yoneji Masuda
e Gilles Lipovetsky. O trabalho é dividido em
três capítulos: no primeiro, aborda-se o “dilúvio
informacional”, desencadeado pelo excesso
de informações gerado pela convergência
das novas tecnologias e o uso da internet; no
segundo, examina-se a “obesidade informacional”,
que resulta da combinação entre o
“dilúvio informacional” e as estratégias criativas
dos fornecedores, como a obsolescência
programada e a publicidade agressiva, aumentando
a vulnerabilidade do consumidor e perpetuando
o “hiperconsumo”; no terceiro, propõe-se uma “dieta informacional”, destacando
a necessidade de reduzir as informações excessivas
e incentivar a educação para o consumo
consciente, além de sugerir maior controle estatal
sobre a publicidade, como resultado da
sobrecarga informacional. A conclusão aponta
que a tecnologia, embora essencial, impõe desafios
ao direito à informação e ao consumo
saudável, exigindo medidas para garantir a
proteção do consumidor.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade Informacional.
Hiperconsumo. Conscientização do Consumidor.
Dieta Informacional.